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domingo, 8 de janeiro de 2023

Manuela León

                                    


Manuela León Guamán ( nasceu em Punín , 1844 - Riobamba8 de janeiro de 1872 ) foi uma mulher libertária equatoriana que participou como líder na revolta dos povos indígenas. Em 2010, foi proclamada heroína pela Assembleia Nacional da República do Equador . 

Nasceu na comunidade de San Francisco de Macshi, hoje conhecida como Cachatón San Francisco (Hatun Kacha), filha de Hermenegildo León e María Guamán, seu nascimento foi registrado em Punín, freguesia de Riobamba, em 1844.

Corria o ano de 1871 quando as ações de um grande grupo de indígenas tentavam recuperar o que chamavam de Império Inca . Liderados por Manuela León (a rebelde) e Fernando Daquilema (o recém-proclamado rei).

Os ideais de Manuela León a levaram a liderar ações em defesa da igualdade de direitos para seu povo e a deter os abusos e a opressão que vieram do governo de Gabriel García Moreno e a enfrentar os comandantes do lado inimigo. 

Ela foi assassinada por suas ações em 8 de janeiro de 1872. Diz -se que quando perguntada pelo pelotão de fuzilamento se ela tinha algo a dizer, ela respondeu " Manapi ", que significa "nada" em sua língua. 

TRAJETÓRIA HISTÓRICA

O nome de Manuela León é sinônimo de beleza, força, coragem e rebeldia. Como mulher e como indígena, foi uma das principais lideranças do levante de Fernando Daquilema contra o governo de García Moreno e pela reivindicação de seus direitos.

Manuela aderiu ao movimento Daquilema, era o momento certo para saciar a sede de vingança pela violação sofrida pelos dizimistas de García Moreno; e liderou a tomada de Punín, em 21 de dezembro de 1871.

Com entusiasmo delirante, lágrimas de coragem, com fé, receberam a tão esperada notícia de que começaria a rebelião indígena Kacha. Manuela León, Pacífico Daquilema e sua esposa Juliana Paguay, moradores da comunidade de Pucará Pallu, tomaram a voz da revolta e exigiram o lugar de líderes das cidades de San Francisco de Macshi, Pucará, Pallu. 

Os indígenas se levantaram com tambores, churus e cornetas, convocando toda a região para lutar por justiça, porque havia chegado a hora. Manuela liderou com firmeza a mobilização contra o trabalho forçado nas estradas nacionais, impostos e delitos cotidianos.

O dia 8 de abril marca o aniversário do assassinato desta que se constituiu como uma das principais lideranças indígenas que enfrentaram a Igreja e o regime obscurantista de García Moreno, liderando o levante que começou em 18 de dezembro de 1871, em Cacha - Yaruquiés, Província do Chimborazo.

VEJA TAMBÉM O VÍDEO ESPECIAL PRODUZIDO PELA TV RAÍZES DA CULTURA:



A origem da revolta

Essa revolta originou-se dos abusos na arrecadação de dízimos pelo arrecadador Rudecindo Rivera, segundo as autoridades governamentais da época e alguns comissários. Os "historiadores imparciais" dizem: "foram reunir as pessoas que tinham que pagar com seu trabalho na estrada o imposto, tão antigo quanto a República, que se chamava subsidiária".

Os povos indígenas Licto, Cicalpa e Colta aderiram ao levante promovido pelos Kachas, enfrentando as tropas do governo, após García Moreno decretar o estado de sítio em 21 de dezembro em Chimborazo, sem se intimidar com a repressão, empurrando para trás as tropas, que voltaram para Riobamba.

Como os atuais governantes, García Moreno usou qualificadores contra aqueles que se levantam contra a injustiça, na sessão do Conselho de Estado, onde foi aprovado o estado de sítio, "... os principais culpados, ou seja, sobre os líderes do motim e os responsáveis ​​pelo assassinato, incêndio criminoso, roubo e violência, e que sejam perdoados os outros que, afastando-se das fileiras da sedição, se apresentaram às autoridades”.

A ação de Manuela e o desfecho final

Manuela desempenhou um papel importante na luta dos povos, também conhecida como Hatun Cacha Loma, liderou a captura da paróquia de Punín, junto com Francisco Guzñay e outros bravos líderes em 21 de dezembro, enfrentando as tropas do governo por um período de duas semanas, declinando diante da superioridade em armas das tropas.

Em 3 de janeiro de 1872, a "calma" voltou, dissolvendo três companhias da guarda nacional acionadas. Segundo Costales Samaniego, vários líderes foram condenados à morte sem julgamento. Julián Manzano e Manuela León foram executados diante do olhar indefeso de seus ayllus da região na praça central de sua própria comunidade San Francisco de Makshi; e, posteriormente, Francisco Guzñay, Pacífico Daquilema e Juliana Paguay. Em 13 de março, o estado de sítio foi levantado, mas o julgamento criminal continuou.

Em 25 de março de 1872, o Conselho de Guerra reuniu-se para julgar Fernando Daquilema, declarando-o culpado por dois supostos crimes: ter sido o principal líder do motim em que foi declarado rei e ser responsável pelo assassinato de Rudecindo Rivera; sendo condenado à morte em 8 de abril de 1872.

Ironicamente, o Ministério do Interior enviou uma circular às províncias, informando que tomou conhecimento dos abusos cometidos por compradores de primícias, leiloeiros de dízimos e arrecadadores da contribuição subsidiária que chegaram ao extremo de arrebatar seus filhos dos infelizes como penhor da quantia que querem arrecadar, tentando assim fazer justiça à revolta liderada por Daquilema.

Fonte pesquisada:
1 - https://es.wikipedia.org/wiki/Manuela_Le%C3%B3n
2 - http://www.culturaenecuador.org/quienes-somos/miembros/259-fernando-daquilema-y-manuela-leon-heroes-nacionales.html


sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

TV Raízes faz homenagem aos 80 anos do Pajé Manoel Caxiado

                                


A TV RAÍZES DA CULTURA, lançou no dia 15/12/2022, homenagem especial ao Pajé Manoel Caxiado, do Povo Pankará, no momento em que completa 80 anos de vida, marcada por uma trajetória de resistência histórica.

Manoel Antônio do Nascimento (é seu nome de origem), nasceu em 15 de dezembro de 1942, no Sítio Lagoa, hoje denominado de Aldeia Lagoa, na Serra do Arapuá.

Dedicado desde criança as tradições das rezas e rituais, torna-se conhecido como Manoelzinho Caxiado.

Após o reconhecimento do Povo Pankará como Etnia Indígena, seu Manoelzinho Caxiado, assume a função de ser um dos Pajés do Povo e, torna-se reconhecidamente uma das principais referências dos Povos Indígenas de Pernambuco.

Confira no vídeo a seguir, essa importante homenagem:

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

20 de Janeiro - DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA INDÍGENA


O Dia Nacional da Consciência Indígena é uma data que vinha sendo construída desde 1985 por Marcos Terena, quando subiu a Serra da Barriga, acompanhando o Movimento Negro Brasileiro, que comemorava o tombamento da montanha em que Zumbi dos Palmares enfrentou os colonialistas escravizadores e morreu defendendo a liberdade e igualdade de todos no Brasil.

Cunhambebe e Aimberê, guerreiros Tubinambá, também se revoltaram contra a escravização dos povos indígenas no Brasil. Organizaram a Confederação Tamoio com indígenas de Campos até São Paulo e combateram heroicamente contra os colonialistas e escravizadores portugueses.

Com a derrota da Confederação Tamoio, o resultado da guerra que envolveu os franceses que forneciam armas aos Tamoios e portugueses que foram buscar apoio junto aos Tupiniquins em Niterói, foi a fundada a cidade do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, em 1° de março de 1565, com o objetivo de estabelecer uma fortificação, para impedir futuras revoltas indígenas e invasões de outros poderes coloniais.

Para lembrar a história de luta dos Povos Indígenas na construção do Brasil, os representantes dos povos indígenas, aldeados no antigo Museu do Índio ao lado do Maracanã no Rio de Janeiro, local que ele batizaram de “Aldeia Maracanã”, pegaram a ideia de Marcos Terena e no dia 20 de Janeiro de 2013, lançarem nacionalmente o “Dia Nacional da Consciência Indígena” e assim divulgarem sua embaixada para toda a humanidade.

Os povos Indígenas no Brasil nunca se entregaram. Apinajé na Amazônia, a guerra dos Aimoré na Bahia e dos Potiguares no Rio Grande do Norte e na Paraíba, entre outras guerras, são inúmeros momentos na História do Brasil que nos revelam a luta dos povos indígenas na defesa de seus territórios e modos de vida.

Nos vídeos a seguir, conheça um pouco da história do início do período heróico dos povos indígenas no Brasil, o porque da denominação carioca, onde ficava a área chamada Uruçumirim .


Assista também as lives realizadas pel @TVRAÍZESDACULTURA, acessando os vídeos a seguir:

LIVE REALIZADA EM 20 DE JANEIRO DE 2021


A seguir, destacamos os cortes das falas de cada participante da live, disponíveis nos links a seguir:


VEJA TAMBÉM A LIVE REALIZADA EM 20 DE JANEIRO DE 2022